Arquivo da categoria: Economia/Política

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Cifras do ir e vir

Todos  os dias há idas e vindas em Aracaju. As chegadas e partidas movem pessoas, sentimentos, bagagens, mas também movem a economia.

Avião em pista de pouso

Avião em pista de pouso

Família recém-chegada de viagem

Família recém-chegada de viagem

Fundado em 30 de outubro de 1952 e localizado na zona sul de Aracaju, o Aeroporto Santa Maria comporta atualmente 14 voos diários, e atende a uma média mensal de pouco mais de 100 mil passageiros. Segundo o assistente da superintendência da Infraero, Maurício Siqueira da Silva, atualmente o aeroporto tem capacidade para atender 2.500.000 de pessoas por ano.

Terra firme depois do voo

Terra firme depois do voo

Familiares assistem ao desembarque

Familiares assistem ao desembarque

Visando aumentar a capacidade, o aeroporto passará por reformas. Nesta quarta-feira (27), o governadorMarcelo Déda e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, assinaram o acordo para o início das obras. O valor total da ampliação está avaliado em R$ 370 milhões, e a perspectiva de término é para outubro de 2015. Além da reforma, a obra inclui um novo estacionamento e ampliação dos hangares, que comportarão oito aviões. A demanda de ampliação surgiu devido ao crescimento do turismo no estado, e a obra fará do terminal aracajuano um dos melhores do país.

Quem vai e quem vem Brasil afora

Quem vai e quem vem Brasil afora

Atualmente, um dos grandes desafios das empresas aéreas é manter a estabilidade na venda de passagem. Apesar de na alta estação todos os voos saírem lotados, nas baixas temporadas, há queda de aproximadamente 60% nas vendas.

Em solo aracajuano

Em solo aracajuano

Outro ambiente onde o fluxo de pessoas é intenso é a rodoviária José Rollemberg Leite. Inclusive, o lugar é mais movimentado do que o aeroporto, já que viabiliza viagens mais curtas, como as para o interior do estado. Ademais, há também um grande número de viagens interestaduais.

Fila para entrar no ônibus

Fila para entrar no ônibus

Bagagem e passageiro

Bagagem e passageiro

O estudante universitário Rodrigo Silva é baiano e viu no feriado da Semana Santa uma grande oportunidade de voltar para sua terra. “Eu ia de carona, mas acabou não dando certo. Aí tive que comprar minha passagem de última hora. Por sorte, havia um ônibus extra. Garanti minha viagem. Ainda bem que tinha os 46 reais (preço da passagem) na hora”.

De passagem comprada

De passagem comprada

Motorista a postos

Motorista a postos

Diferente das de transporte aéreo, as empresas rodoviárias disponibilizam ônibus extras sempre que a demanda de passageiros aumenta. Isso acontece com maior frequência em vésperas de feriados. Ambas partes saem favorecidas: os clientes acham uma via de transporte e as empresas chegam a lucrar dobrado.

Passageiros acomodando a bagagem

Passageiros acomodando a bagagem

Esperando quem vai chegar

Esperando quem vai chegar

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heskey® é composto por Gustavo Monteiro, Marcel Andrade, Pedro Henrique Ferreira, Saullo d’Anunciação e Victor França.

Cresce a procura por carteiras de trabalho e empregos formais em Aracaju

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CEAC do Riomar recebe muitos interessados na emissão de carteiras de trabalho.

A ideia de um trabalho estável e que respeite os direitos dos seus empregados interessa a muita gente, tanto a quem está ingressando no mercado de trabalho quanto a quem já ocupa um emprego informal. É pensando nisso que, quase todos os dias, nos horários de funcionamento do Núcleo de Apoio ao Trabalhador (NAT), no CEAC do Shopping Riomar, um grande número de pessoas se dirige aos balcões de atendimento para requerer a emissão de suas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS). O documento garante acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios da Previdência e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo funcionários, a movimentação é mais intensa no período da tarde e a procura é grande por parte da população mais jovem.

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Filas reúnem desde novos trabalhadores a antigos, migrando para a formalização.

Segundo dados do IBGE, publicados na tabela de Indicadores Sociais de 2012, 56% das pessoas com mais de 16 anos possui empregos formais. No ano anterior, 1,94 milhão de empregos com carteira assinada foram gerados em todo o país. Embora o número de pessoas trabalhando na informalidade ainda seja elevado – um total estimado de 44,2 milhões, entre homens e mulheres – esses dados refletem uma evolução na regulamentação da mão de obra brasileira. Em comparação com o início da década, quando o percentual de empregados com carteira assinada era de 43,3%, os números representam um aumento de 10,7%. No estado de Sergipe, os indicadores registrados ainda são inferiores à media nacional, com apenas 41,2% de pessoas na formalidade. Mas a busca pelos seus direitos tem aumentado também na região.

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O atendimento ocorre pela manhã e à tarde, das 7h15 às 17h45.

É o caso de Andreia, 19 anos, que começou a trabalhar informalmente há alguns meses e só agora decidiu requerer a sua carteira de trabalho. Mesmo sem a exigência dos patrões, ela entendeu a necessidade e a importância de ter o seu trabalho regularizado junto aos órgãos competentes: “(a iniciativa) foi minha mesmo e o motivo (da procura) são os benefícios que traz ter um emprego de carteira assinada.” O mesmo ocorreu com Daiane, também de 19, embora por motivos diferentes. A estudante, que acaba de ingressar na Universidade Federal de Sergipe, nunca trabalhou e afirma não ter nenhum emprego em vista no momento. Apesar disso, também estava retirando a sua CTPS, mas por questões burocráticas, para atender aos requisitos de um plano de saúde.

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Muitos brasileiros já deixaram a informalidade para trabalhar com carteira assinada.

O serviço de expedição da carteira de trabalho é gratuito. Pode ser solicitado
por pessoas a partir de 14 anos, sendo que os menores de idade entre 14 e 16
anos só podem ser contratados como aprendizes, sob a responsabilidade do
empregador. Estrangeiros naturalizados brasileiros também podem solicitar a
CTPS, através dos mesmos procedimentos e com a exigência dos mesmos documentos: RG ou certidão de nascimento ou de casamento ou carteira do conselho profissional, CPF, foto 3×4 recente e comprovante de residência. Em Aracaju, além do CEAC do Shopping Riomar, o serviço é prestado nas seguintes unidades: Núcleo de Apoio ao Trabalhador, no bairro São José, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), CEAC da Rodoviária, na Zona Norte, e na unidade itinerante do CEAC.

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Serviço é realizado gratuitamente em vários pontos da cidade.

Grupo: Allan Jones, Baruc, Daniel e Jamile.

Mangabeira, árvore símbolo de Sergipe, gera lucros

A mangaba é uma fruta de notada relevância para Sergipe, importância tal que se tornou símbolo do estado através do decreto n. 12.723 de Janeiro de 1992. A mangaba cientificamente conhecida (Hancornia speciosa GOMES) é espécie típica da área de Cerrados, dos Tabuleiros Costeiros e Baixa Litorânea. O Boletim Agropecuário da Universidade Federal de Lavras(UFLA) n. 67 – p.1-12, afirma que Sergipe é o maior produtor do fruto do país, e a Barra dos Coqueiros é uma das cidades que conserva essa cultura.

Bela mangabeira na Rodovia SE -100 no trecho que vai da Barra dos Coqueiros até Pirambu

Mangabeira na Rodovia SE -100, no trecho que vai da Barra dos Coqueiros até Pirambu

Em todo litoral sergipano, as populações tradicionais tem no extrativismo uma das suas principais fontes de sobrevivência. A cultura da mangaba é uma das bases econômicas das famílias rurais de maneira que sua atividade tem como protagonista as mulheres. Assim as mulheres ocupam as etapas mais importantes do processo, da coleta dos frutos a sua comercialização, sendo  uma importante ocupação e fonte de renda.

Ramos de mangabeira sadios, preparados para oferecer diversos frutos

Ramos de mangabeira sadios, preparados para oferecer diversos frutos.

A ausência de investimentos no extrativismo da mangaba, o cercamento e a proibição de entrada nas áreas de mangabeira nativa pelos proprietários, a expansão imobiliária que vem ocorrendo no município da Barra dos Coqueiros coloca a atividade sobre o risco de extinção local.

Um fruto de muito relevância para as famílias sergipanas

Um fruto de muito relevância para as famílias sergipanas

A mangabeira é uma planta que apresenta potencialidade para exploração frutífera, cujos frutos apresentam teor de proteína superior a maioria dos frutos tropicais. A principal safra é a de verão que ocorre de dezembro a abril, com aumento da produção sendo que os frutos tem a melhor aparência. A colheita é feita manualmente, colhetando-se os frutos caídos no solo ou colhendo-se diretamente na árvore os frutos “de vez”.

A mangaba apresenta ótimo aroma e sabor, sendo utilizada na produção de doces, xarope, compotas, vinho, vinagres, suco e delicioso sorvete.

A mangaba apresenta ótimo aroma e sabor, sendo utilizada na produção de doces, xarope, compotas, vinho, vinagres, suco e delicioso sorvete.

Seus frutos aromáticos, saborosos e nutritivos, tem ampla aceitação no mercado para consumo in natura, quanto para a indústria. Apenas os frutos apresentam um valor comercial nutritivo significativo, ele é constituído de polpa (77%), casca (11%) e semente (12%), o seu valor energético é de cada 100 g aproximadamente 43 calorias.

Fruta in natura vendida na beira da Rodovia SE -100 Barra dos Coqueiros. Fonte de renda para muitas famílias dessa região.

Fruta in natura vendida na beira da Rodovia SE -100 Barra dos Coqueiros. Fonte de renda para muitas famílias dessa região.

O fruto apresenta um alto rendimento de polpa, por isso sua utilização agroindustrial está sendo rapidamente difundida. O beneficiamento dos frutos gera a confecção de licores, balas, bombons, bolinhos, tortas, xaropes, compotas, vinho, vinagre, suco e sorvete dentre outros. Essa matéria-prima é a mais importante para a indústria de sucos e sorvetes do Nordeste e Centro-Oeste. Segundo dados do Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa 2012, a polpa congelada de mangaba é a mais comercializada em Sergipe.

A comercialização pode alcançar patamares maiores, se houver investimentos que incentiva a produção, como relata o Boletim Agropecuário da UFLA ( Universidade Federal de Lavras) n.67 – p.1-12 “ O mercado consumidor dos produtos processados a partir da polpa da fruta está hoje restrito quase exclusivamente ao Nordeste brasileiro. A abertura de novos mercados está condicionada à produção atual, oriunda do extrativismo, mal atende a demanda do mercado consumidor local”.

Gleiciane, Irlan, Cristiane e Vinicius

Uma carcaça que permanece ancorada há seis anos na Barra dos Coqueiros

Navio Heráclito Dantas continua atracado nas margens do Rio Sergipe atrapalhando a vida de moradores da região.

O imponente H. Dantas

O imponente H. Dantas

“Todos os dias, em meio ao nascer do Sol, nas águas do Rio Sergipe, entre os atracadouros da cidade dos cajus e dos papagaios, surgi imponente o navio fantasma, que insiste em trazer as ilusões de marinheiros do passado.” É assim que podemos descrever, de uma maneira poética a história do surpreendente Navio Heráclito Dantas ou simplesmente H. Dantas. Há aproximadamente seis anos que a carcaça da embarcação do navio continua a fazer parte do cenário do município de Barra dos Coqueiros, situada à 3 km da capital sergipana, Aracaju.

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Ele fica ancorada nas margens do Rio Sergipe na Barra dos Coqueiros

A sucata permanece por lá há 6 anos

A sucata permanece por lá há 6 anos

Mas um local que inicialmente poderia ser um espaço de turismo e lazer, se tornou um pesadelo para os moradores que vivem próximos ao navio. O principal problema enfrentado pela população da Barra dos Coqueiros é que, além não trazer nenhuma influencia turística para o município, ele é reservatório de focos de mosquito da dengue, ninhos para ratos e baratas e insegurança dos moradores que moram próximo ao local onde o navio está ancorado.

O pescador da região destaca que o navio não atrapalha a pesca.

O pescador da região destaca que o navio não atrapalha a pesca.

Segundo a funcionária da Escola Municipal Profª Maria do Céu Sales de Andrade, Jaciara Santos Silva, não existe nenhum benefício para a população que mora próximo ao local. ” Não nos traz benefício algum, muito pelo contrário. Não tem nenhum valor positivo, só negativo, principalmente em relação as crianças que ficam brincando em torno do navio, se arriscando, além dos insetos que vem para as casas das pessoas que moram próximos ao local”, enfatiza a funcionária.

Abaixo-Assinado

Segundo informações de moradores, durante muito tempo, existiu o interesse de que houvesse a saída do navio, sendo realizado inclusive, um abaixo-assinado com essa finalidade, organizado pelo então vereador, da cidade, Alysson Souza do PSD. Segundo o vereador, a vigilância sanitária compareceu ao navio e encontrou, além de proliferação de ratos e insetos, focos de mosquito da dengue. “A situação é de calamidade, os moradores não podem continuar convivendo com isso, além de não trazer nenhum tipo de beneficio, só atrapalha a visibilidade e põe em risco a saúde de todos que moram próximos”, destaca o vereador.

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O vereador Alysson Souza, incentivador do abaixo-assinado.

Além disso, Alysson coloca que em conversa com um dos responsáveis da empresa H. Dantas Construções e Reparos Navais, o navio estaria praticamente vendido, dependendo apenas da liberação do tribunal marítimo, localizado no estado do Rio de Janeiro. O vereador ressalta ainda, que a empresa demitiu vários funcionários que trabalhavam na manutenção do navio, alegando falência e que inclusive vive com problemas de conflitos internos.

Empresa

Estaleiro Santa Cruz, da empresa H. Dantas Construções e Reparos Navais

Estaleiro Santa Cruz, da empresa H. Dantas Construções e Reparos Navais

A nossa equipe compareceu no Estaleiro Santa Cruz, da empresa H. Dantas Construções e Reparos Navais, mas nossa entrada foi impedida. Mas, segundo informações de um funcionários da empresa, que nos atendeu na entrada do Estaleiro, a embarcação graneleira, que veio do Estado do Rio de Janeiro, está desativada e que passaria por uma reforma. Questão que vem se arrastando desde quando ele veio para o cais do município de Barra dos Coqueiros e continua preocupando moradores da região.

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Equipe: Alana Karolina, Leila Dolif, Silas Brito, Caio Rodrigues, Isadora Santos, Miguel Carlos, Roseli Silva.