Nesta quarta-feira, 20 de março, vários professores do município de São Cristóvão se reuniram para reivindicar o pagamento de seus salários. Dos quatrocentos e vinte docentes do município, duzentos e cinquenta e dois não receberam a remuneração relativa aos meses de dezembro e fevereiro e apenas metade do valor de janeiro foi pago.
A assembleia, que registrou em ata 172 professores, falou sobre os últimos passos do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino do Estado de Sergipe – Sintese – em relação à situação vivida por eles, além de decidir com os presentes a continuidade da greve e os próximos atos a serem realizados.
Depois da votação, dezenas de docentes dirigiram-se até a frente da Secretaria Municipal de Educação. Lá, o sindicato distribuiu cestas básicas com alimentos e materiais de higiene aos professores que estão em uma situação mais delicada pela falta de salário. No decorrer da distribuição os manifestantes foram informados de que o secretário de educação, Mario Jorge, pediu para deixar o cargo.
Todos os 252 docentes estão com o nome em uma lista de demissão, que segundo o Sintese é inconstitucional. No dia 14 de março, o juiz de São Cristóvão, Manoel da Costa Neto, deu um parecer a favor dos professores, no qual a prefeita Rivanda Batalha (PSB) deveria realizar os pagamentos. Rivanda recorreu da sentença.
Durante a tarde foi julgado um novo pedido da prefeitura de São Cristóvão para bloquear o salário dos professores. O juiz considerou que a ação não possuía fundamento jurídico, pois não estava de acordo com a Lei. Enquanto a prefeita não paga o valor devido, os professores continuam com os protestos.
Texto: Daniela Barbosa
Edição: Daniela Barbosa e Silvia Rodrigues
Fotografia: Daniela Barbosa e Silvia Rodrigues