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Educação no trânsito é tema para conscientização entre jovens

No sinal vermelho, motoristas devem parar antes da linha de retenção

No sinal vermelho, motoristas devem parar antes da linha de retenção

Na manhã desta quarta-feira, 27, alunos de três escolas do município de Aracaju assistiram a uma palestra e uma apresentação teatral promovidas pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, SMTT. Os eventos fazem parte da I Semana Municipal de Trânsito, que tem como tema “A juventude pode mudar a nossa história”.

Artistas interagem com alunos da plateia

Artistas interagem com alunos da plateia

A necessidade de investir na conscientização de crianças, adolescentes e jovens surgiu do alto índice de acidentes envolvendo pessoas nessa faixa etária. De acordo com a coordenadora de educação para o trânsito da SMTT, Mônica Liberato, “o maior número de vítimas possui entre 19 e 30 anos de idade. Orientando as crianças de hoje teremos jovens mais conscientes no futuro”, explica.

Mônica Liberato, Coordenadora de Educação para o Trânsito da SMTT

Mônica Liberato, Coordenadora de Educação para o Trânsito da SMTT

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, cerca de 42 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de acidentes nas estradas brasileiras. Por isso, o Brasil fez um pacto com a Organização das Nações Unidas para reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020.

Grupo de teatro simula uso de veículo no trânsito

Grupo de teatro simula uso de veículo no trânsito

Em Aracaju, não é difícil encontrar pessoas que não respeitam as leis de tráfego. Motoristas ignoram os sinais, ciclistas não utilizam as ciclovias e pedestres atravessam as ruas fora das faixas, dentre outras irregularidades cometidas. Essas infrações tornam-se mais constantes próximos a faculdades e universidades, onde a pressa e a desatenção acompanham muitos estudantes.

Parte dos universitários atravessa fora da faixa de pedestres, localizada a poucos metros

Parte dos universitários atravessa fora da faixa de pedestres, localizada a poucos metros

As ações educativas seguem até a quinta-feira, 28, envolvendo principalmente alunos de faculdades da capital e crianças em idade escolar. A iniciativa tem o apoio do professor de educação física, Admilson da Silva Oliveira. “É uma obrigação dos adultos ensinar às crianças como se comportar nas ruas”, afirma. E é delas que surge a esperança de mais educação e sabedoria nas estradas. “Quando crescer eu quero ser guarda de trânsito”, sonha o pequeno Lucas, de 11 anos.

Lucas quer ser guarda de trânsito

Lucas quer ser guarda de trânsito

Texto: Daniela Barbosa e Silvia Rodrigues

Edição: Daniela Barbosa e Silvia Rodrigues

Fotografia: Daniela Barbosa e Silvia Rodrigues

O tradicional consumo dos ovos da páscoa

O consumo de chocolate é mais intensificado no período da véspera da páscoa do que em qualquer outra época do ano. Isso ocorre porque os ovos de páscoa viraram tradição na vida das pessoas e encantam, principalmente, as crianças.

Arrumação dos ovos da páscoa no supermercado

Arrumação dos ovos da páscoa no supermercado

Para isso, todos os anos o comércio prepara um bom estoque e expõe à venda diversas opções de ovos, de diferentes tamanhos, cores, marcas e preços. Os fabricantes procuram cada vez mais agradar o público, com brindes dentro dos ovos, com ovos personalizados com desenhos animados que agradam os meninos e com bonecas famosas que chamam a atenção das garotas. Além dos ovos tradicionais que nunca saem do gosto popular.

Opções de ovos e brindes para meninos e meninas

Opções de ovos e brindes para meninos e meninas

As vendas já começaram, porém a procura pelos ovos ainda não está tão grande, pois as pessoas deixam geralmente para comprar perto da data, ou seja, a partir da semana que vem quando começa a Semana Santa. Então, ainda é possível visitar os supermercados e ver uma belíssima estrutura de arrumação de lindos e coloridos ovos da páscoa.

Ovos de diferentes cores e tamanhos

Ovos de diferentes cores e tamanhos

As estruturas e arrumações montadas formando um grande corredor de ovos de chocolate, são estratégias, que atraem as crianças, principais consumidores desta época do ano.

Os ovos da páscoa encantando as crianças

Os ovos da páscoa encantando as crianças

A procura pelos ovos da páscoa é grande

A procura pelos ovos da páscoa é grande

Nos supermercados, grandes vendedores de ovos da páscoa, a média de preços varia, aproximadamente, entre R$12,00 e R$50,00. Contudo, as pessoas também procuram alternativas mais baratas para não deixar a páscoa passar em “branco”. Alguns consumidores recorrem, assim, às barras de chocolate e caixas de bombons, que não deixam de ser ótimas escolhas também. Para quem gosta da tradição não importa o tipo, o que vale mesmo é saborear o chocolate e presentear pessoas queridas.

Preços de alguns ovos

Preços de alguns ovos

Outras alternativas: Caixa de bombons e barras de chocolate

Outras alternativas: Caixa de bombons e barras de chocolate

 

Regiane Sá, Keizer Santos, Jessica Feitosa, Marília Santos, Laize Letícia e Aline Silva.

 

 

 

No centro da cidade e longe da correria

Praças Camerino e Fausto Cardoso vivem em movimento contrário ao ritmo do centro comercial de Aracaju

Praça Camerino, localizada na região Central de Aracaju

Praça Camerino, localizada na região central de Aracaju

Quem anda pelo centro de Aracaju percebe que se trata de um lugar bastante movimentado. As pessoas que por lá passam, seja diariamente ou só de vez em quando, estão sempre apressadas, à procura de algo ou alguém. Mas, mesmo em meio a essa correria, existem aqueles que encontram um tempinho para descansar.

A leitura na praça Fausto Cardoso

A leitura na praça Fausto Cardoso

Normalmente nas praças, alguns marcam encontros, outros lêem discretamente um jornal, conversam com algum conhecido, tomam água de coco para espantar o calor ou, simplesmente, posicionam-se ali para “ver as moças bonitas passarem”, como revelou um senhor, que preferiu continuar na sua observação a falar conosco.

Senhora

Dana Nilza Vieira utiliza a praça para descansar antes dos compromissos

Sem a pressa habitual daqueles que vão ao centro para fazer compras ou ir ao banco, por exemplo, essas pessoas mostram outra forma de aproveitar o lugar. Como dona Nilza Maria Vieira, 61 anos, que conversava com a amiga enquanto descansava na Praça Camerino antes de cumprir com a obrigação da manhã: “Estou relaxando um pouquinho antes de ir à Energisa”, disse.

Aleandra Andrade e Lucas Salvador revelam que frequentariam mais as praças se a segurança fosse reforçada

Aleandra Andrade e Lucas Salvador revelam que frequentariam mais as praças se a segurança fosse reforçada

Mais à frente, na mesma praça, estava um casal de namorados. Aleandra Andrade, 15 anos, e Lucas Salvador, 21, estavam conversando. Segundo ela, que revelou a falta de segurança no lugar, as praças do centro são ideais “para passar uma tarde com os amigos ou curtir um piquenique”, contou.

Os amigos Luiz Antônio e Rodrigo Quinane em momento de descontração

Os amigos Luiz Antônio e Rodrigo Quinane em momento de descontração na Praça Camerino

Os amigos Luiz Antônio, aposentado, e Rodrigo Quinane, psicanalista, disseram que estão por ali “sempre que possível, quando os compromissos permitem”. Os dois, que tomavam uma cerveja enquanto conversavam, consideram que o centro de Aracaju tem potencialidades que poderiam ser melhor aproveitadas. “Eu acho que o centro é muito subaproveitado. Não consigo entender porque nenhum prefeito conseguiu revitalizar o centro. Aqui tem um grande potencial que não se aproveita”, disse Rodrigo que mora próximo à Praça Camerino. Suas palavras são de alguém que conhece bem o lugar.

Grupo: Érika Rodrigues, Francielle Couto, Leonardo Vasconcelos e Luciana Nascimento

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Revitalizando a história

As praças sempre tiveram um papel importante na sociedade. Um espaço de socialização, recreação e arborização dentro de cidades cada vez mais asfaltadas e muradas. Em Aracaju, elas não deixaram de cumprir com sua função ao longo da história da capital. Praças como a Fausto Cardoso, Olímpio Campos e Camerino são símbolos de momentos culturais e políticos de destaque da história aracajuana.

Sem canteiro, raiz invade a calçada

Sem canteiro, raiz invade a calçada

A calçada da Camerino é um misto de areia e pedra portuguesa

A calçada da Camerino é um misto de areia e pedra portuguesa

Apesar de sua importância, várias praças não recebem os cuidados devidos. É notória a falta de manutenção. Uma dessas praças que mais parecem abandonadas é a Camerino. Dezenas de buracos no piso de pedra portuguesa, assentos em péssimo estado de conservação, iluminação precária, ausência de lixeiras e uma área verde pobre são aspectos facilmente detectáveis. Uma rápida olhada é suficiente para perceber esses e outros problemas.

Monumento central da praça: exposto ao vandalismo

Monumento central da praça: exposto ao vandalismo

Lanchonetes e bancas de revista são o ponto positivo da praça

Lanchonetes e bancas de revista são o ponto positivo da praça

Comerciantes situados na praça endossam as críticas. Débora Santana, 26 anos, funcionária de um dos trailers instalados na praça, lista problemas diários: “Todo mundo reclama dos buracos”, conta. Várias lesões aos transeuntes são corriqueiras. Quedas, entorses e dificuldade de locomoção, principalmente para idosos e deficientes, são as principais queixas. 

Luminárias incompletas simbolizam estado da praça

Luminárias incompletas simbolizam estado da praça

Calçada instável, relevo acidentado.

Calçada instável, relevo acidentado.

Em 2012, o então prefeito Edvaldo Nogueira vislumbrava revitalizar a praça, porém, o projeto não saiu do papel. Já a atual gestão da Prefeitura de Aracaju dá sinais de que em breve os cidadãos aracajuanos encontrarão uma nova praça Camerino. O prefeito João Alves Filho assinou na última segunda-feira, 11, uma ordem de serviço para a reforma. Com um orçamento de R$ 1,3 milhão, fornecido pela Prefeitura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Idosos e deficientes são os grandes prejudicados

Idosos e deficientes são os grandes prejudicados

Telefones públicos ao descaso

Telefones públicos ao descaso

As principais mudanças serão a reforma do piso de pedra portuguesa, agora com uma faixa de concreto polido no cruzamento interno e rampas sinalizadas com piso tátil no entorno da praça, espaço para leitura e caminhada, nova iluminação e obra de paisagismo. A arborização do espaço também sofrerá alterações necessárias.

Pontos de táxi da praça resistem ao tempo

Pontos de táxi da praça resistem ao tempo

Pedras: sobram no canteiro, mas faltam na calçada

Pedras: sobram no canteiro, mas faltam na calçada

Clique nas imagens para ampliá-las.

heskey® é composto por Gustavo Monteiro, Marcel Andrade, Pedro Henrique Ferreira, Saullo d’Anunciação e Victor França.

O novo e o velho de uma Aracaju contemporânea

Museu Palácio do Governo

Museu Palácio do Governo

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Palácio da Justiça

Entre traços e linhas. Quadrados, retângulos e círculos, o centro de Aracaju revela o velho e o contemporâneo juntos em uma só harmonia. Harmonia essa que herdamos dos arquitetos italianos no século XX.

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Assembléia Legislativa

Edifício Estado de Sergipe, também conhecido como Maria Feliciana.

Edifício Estado de Sergipe, também conhecido como Maria Feliciana.

A maioria dos prédios que formam a estética do centro da capital aracajuana pertencem ao governo. Entre as curvas desses prédios, compostos por uma arquitetura modernista e diversificada, há arranha-céus que, de um modo único contrastam toda geografia do lugar.

Igreja do Centro

Igreja do Centro

Arquivo Público do Estado

Arquivo Público do Estado

É importante lembrar que mesmo com todas essas diversidades, a capital aracajuana vive um momento em que mostra as suas misturas de uma maneira sublime. Essas diversidades exibidas através do contemporâneo e do antigo, dos modelos renascentistas da época, mostra que Aracaju convive em plena harmonia com essas diferenças. Podemos concluir que mesmo com todas essas diversidades, Aracaju consegue contar sua história de uma maneira sadia e harmoniosa, como nenhuma outra.

A tecnologia e o passado se contrastam.

A tecnologia e o passado se contrastam.

Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda

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Equipe: Alana Karolina, Leila Renata, Caio Rodrigues, Isadora Pinho, Miguel Carlos, Roseli Silva, Silas Brito

Empreendendo com frutos do mar

Raiou o dia e é chegada hora de pais, mães e avós de família, pegarem no batente em busca do pão de cada dia. São inúmeros os tipos de trabalho exercido por esses cidadãos, porém no povoado São José da Caatinga na cidade de Japaratuba a 54 km de Aracaju, a pesca e a venda de produtos oriundos do mar é o que garante o capital financeiro de muitas famílias da comunidade.

Mercadorias acabaram de chegar dos portos entrarão em processo de tratamento.

Com o verdadeiro espírito de um empreendedor, essas pessoas veem o sol nascer ao irem em busca de suas mercadorias em cidades próximas à zonas portuárias como Pirambu e Aracaju. E são o camarão e o peixe os responsáveis pelo dia de trabalho ardente desses comerciantes. Digo ardente porque é um trabalho realizado com muito compromisso e que tem hora pra começar, mas pode virar a noite na realização do processo pós-compra de mercadoria.
Esse processo é feito no galpão da Beneficiadora de Camarão Estevão da Conceição, espaço construído pela prefeitura do município, a fim de comportar empregadores e empregados do ramo da comercialização de frutos do mar no povoado. No galpão, é possível perceber com mais clareza o empreendedorismo citado à cima. Como uma pequena empresa os chefes coordenam seus trabalhadores no processo de tratamento do produto que feito um trabalho em equipe, é realizado com muita harmonia.

Mãos de uma trabalhadora fazendo o tratamento do peixe antes da secagem do produto.

São as mãos que ditam o ritmo do trabalho. Manhã, tarde e noite, com intervalos apenas para as refeições, as pessoas aproveitam para pôr o papo em dia, chegando as vezes a parecer uma verdadeira redação de jornal em plena reunião de pauta. “Se não fosse essa nossa conversa, seria tudo muito chato, o nosso bate-papo serve de remédio contra o cansaço.” Comenta a ajudante de preparação Daiane Rodrigues.

Peixes secam a céu aberto antes de serem refrigerados.

Enquanto o trabalho está sendo realizado com o camarão, o peixe seca ao ar livre como se fosse uma mulata carioca tomando um banho de sol em sua laje. Um exemplo de trabalho artesanal que só chega no final do seu ciclo, que é semanal, quando nos finais de semanas os vendedores vão à suas respectivas feiras livres e aconteca o que Deus quiser, como diz a comerciante Leiliane Conceição: “ Depois de uma semana inteira de trabalho a gente vai a feira e tudo acontece como Deus quer, as vezes vendemos tudo ou podemos até voltar com a mercadoria quase que do jeito que saiu, caso o dia não estiver para peixe e no caso também para camarão”.

Leiliane Conceição trabalhando com o camarão para deixa-lo pronto para a venda.

Enfim tudo o que resta são as partes não utlizadas na venda que são utilizadas na fertilidade do solo e a certeza de que começará tudo novamente após a venda.

Restos de peixes e camarões que serão utilizados na plantação de coqueiros.

Por: Whagner Alcântara